Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
in 'Cântico do Homem'
(1907-1995)
A liberdade, uma conquista de todos os dias. Existem grilhões impensáveis. Importante "é quebrar dia a dia um grilhão da corrente".
Meus amigos, estarei ausente durante alguns dias. Vou para um sítio, fora do país, aonde nesta altura talvez não devesse ir. Mas, é condição essencial do ser que se quer livre arrostar alguns perigos, conscientemente, quando necessário.
Então, até um dia destes. E sejam felizes por cá.
Abraço.
Olinda
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Poema: Citador
Imagem: Net
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Poema: Citador
Imagem: Net
Miguel Torga define magistralmente , neste poema, o conceito de liberdade, como condição natural ao homem e o ser livre, enquanto sujeito, perante tantas circunstâncias que o rodeiam e a escolhas que faz perante elas. Excelente escolha para "justificar" a tua tomada de decisão.
ResponderEliminarQue tudo corra muito bem, Olinda.
Bjinho
Olinda, pois boa viagem e com boas recordações!!!
ResponderEliminarBeijinhos
°.♪♫╮
ResponderEliminarBoa viagem! Seja feliz!!!
Bom fim de semana com tudo de bom!
Beijinhos.
╰⊰✿⊰ه° ·.
Que os teus passos te sejam favoráveis, Amiga.
ResponderEliminarQue a "Conquista" de Torga seja Guia entre os Homens que sabem deste nobre conceito.
Beijo
SOL
Cuide-se querida amiga, até a volta!
ResponderEliminarBeijo!
Querida Olinda
ResponderEliminarEstive doente, sim, com MAIS UMA infecção pulmonar.
Felizmente o maior perigo passou e agora, se não estou a 100%... para lá caminho. Vou recuperando...
Adoro Miguel Torga! Neste lindo poema ele mostra-nos o que é a verdadeira Liberdade, aquela que não nos pode jamais ser retirada, já que reside no nosso próprio interior.
Desejo que a tua ausência te seja benéfica e regresses depressa e bem...
Tudo de bom, minha querida.
Votos de um Domingo feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Livre não sou nem sou prisioneiro
ResponderEliminarSe me encastelo dentro em mim sozinho
Sem aceitar nem luz do meu vizinho
Serei de mim o próprio cativeiro.
Ser livre é ter ideia de ideal primeiro
Para traçar seu rumo e o seu caminho
E mesmo só não se sentir sozinho
Por ser no meio parte do inteiro
Miguel Torga foi grande e seu poema
Acusa a liberdade como um tema
Imaginário de um pobre menino
Que vê a vida sempre qual dilema
Da obediência ou rebeldia extrema
Preso à inocência do próprio destino
Grande abraço. Laerte.
Nunca é demais lembrar o quão importante é libertarmo-nos dos grilhões que nos atormentam.
ResponderEliminarBelo poema de Torga e belas palavras suas, inspiradoras!
Que a ausência seja benéfica, bom descanso, se for assim o caso.
Beijinhos :*
Sei este poema de cor porque me identifico imenso com ele. Gostei tanto de o encontrar aqui.
ResponderEliminarUma boa semana.
Uma beijo.
Olá, estimada Olinda!
ResponderEliminarTorga, sempre Torga. Os transmontanos têm um caráter mto especial, "rude" até e "mais vale quebrar k torcer", dizem!
O poema é lindíssimo e quem é k não gosta de liberdade consciente?
Talvez, Paris. Sans problèmes, ma chérie amie. Marine ne va pas ganher.
Beijinhos e dias luminosos.